Páginas

sábado, 29 de junho de 2013

Palavras apenas


Outro dia li um texto sobre palavras, ontem li um texto sobre palavras, lembrei de uma música de Vanessa da Mata que fala das palavras. Percebi que não há nada mais importante que palavras. As palavras ditas nas horas certas, podem mudar uma vida, podem mudar para o bem ou para o mal. Isso pode ser uma coisa óbvia, no entanto, não paramos pra pensar em como empregamos as palavras que dizemos. Quando bem dita, uma frase composta pelas palavras "eu gosto de tu", pode mudar uma história de duas pessoas que se gostam profundamente, mas tem medo de assumir. Uma palavra como "sim" na hora do casamento, pode reafirmar o amor de duas pessoas, um "sim" pode ajudar uma pessoa, mas isso se colocado de forma pura e verdadeira. Uma palavra como "não" pode derrotar uma vida, mas também pode livrar uma pessoa de alguma coisa errada. Quando uma mãe diz "não", nem sempre ela está negando sem razão, muitas vezes há uma relação muito mais forte quando essa palavra é dita.
Mas, eu gostaria mesmo de tratar das palavras que são ditas sem pensar, e que causam um estrago muito maior do que podemos imaginar. É importante parar pra pensar antes de simplesmente soltá-las por aí, é importante pensar em como determinada pessoa vai receber o que foi dito e em como isso será determinante em uma vida. Essa palavra mal dita pode acabar com um sonho, diminuir com um sentimento ou até acabar com tal sentimento.
Uma palavra bem dita, bem escrita, pode fazer um bem enorme, mas a palavra mal dita, traz consequências muito maiores.
Quando se diz sem pensar ou no momento de raiva, você ofende, humilha e nunca se importa com o que disse, nunca mede o que diz e sempre tem a sensação de que nunca fez o mal, no entanto, a pessoa que recebe essas palavras, sempre ficam com elas sendo repetidas a todo momento na cabeça, remoendo e guardando para si.
Seria bom se pensássemos antes de ofender e empregar mal, uma coisa bela e de suma importância que é a palavra.
Para finalizar, usarei uma frase apenas da música de Vanessa da Mata, que se chama "As Palavras", é uma frase que resume todo o meu intuito nesse texto: "Tome conta do que vai dizer."

-Bruna

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ponto G

Poesias
E dedos
A combinação perfeita
Para atingir
O epicentro
Da alma feminina

quinta-feira, 27 de junho de 2013

E com vocês

Sou um péssimo "escrevente" de amor... Talvez eu o sinta mais na pele do que consiga transcrever em palavras...



Sino que tilinta 


O sino tilintou na batida da capela 
O galo cantou e já era de manhã 
A menina corria e pulava entre cercas e arbustos 
Meu coração acelerou ao ver voar o seu sorriso. 


Nunca aprendi a falar de amor 
Quando o que mais sei é amar 
Sou um poeta desgraçado 
Que só sabe tilintar. 

O sino que batia, 
Avisando a missa que começava 
Se apagou em meio a voz 
De meu coração que gritava. 

Era amor, 
O sentimento que não sei descrever 
Diferente da menina que brincava 
Eu agora já só sabia sofrer. 


Iagomes

terça-feira, 25 de junho de 2013

1ª Dose

Doses
Intragáveis
De veneno
Que curam
A dor, a angústia
E entorpecem
Os sentidos
Para que enfim
Todo o tormento
Cesse

-Mateus Soares

João...

João é um homem muito severo. Aliás, Dr. João como prefere e exige ser chamado. Ninguém entende por qual motivo ele age desse jeito, sempre muito curto e grosso em suas respostas. É uma figura muito respeitada e temida em sua empresa. Tem uma bela família, duas filhas já formadas em medicina e uma esposa muito bonita e respeitada por todos.

Na verdade, o motivo dele ser assim, tem a ver com o passado dele, um passado infeliz e cruel que nunca será esquecido por ele. Outro dia desses, numa conversa que tivemos, ele relembrou.

João nunca tinha se esquecido de Lu. Eles haviam se conhecido num desses protestos que a gente entra quando é jovem, que aconteceu em 2013 e desde aquele dia, ele nunca mais teve notícias de Lu. Já se passaram 20 anos e ele nunca mais a viu.

Lembro como se fosse hoje, estávamos na manifestação, usando branco, com o rosto pintado, cartazes nas mãos e fugindo, fugindo de uma confusão que tinha acontecido, eles se encontraram, paramos de correr pra prestar socorro a ela que estava caída e chorando.

Paramos pra ajudar, mas nunca pensei que João fosse se apaixonar por ela. Paixão a primeira vista e, coitado, aquilo decidiria para sempre sua vida. João se apaixonou por Lu, se preocupou com os ferimentos que tinha pelo corpo todo. Pobre menina!

Nossa mãe estava nos esperando pro jantar, mas não poderíamos ir sem ajudar Lu. Ela disse o nome dela em meio aos soluços, chorava tanto que dava pena. João em todo tempo segurava ela, protegia ela da confusão que só crescia. Logo vi que alguma coisa tinha mudado na atitude de meu irmão.

Uma fumaça cobriu a gente, acabei me perdendo dele, mais tarde quando ele chegou em casa, bem mais tarde, devo ressaltar, ele me contou o que acontecera.

A fumaça nos cobriu e ele levou a moça para um outro lado, enquanto ajudava ela a ficar calma, ela agradeceu tamanha gentileza e ele disse que estava disposto a protegê-la sempre. Eles conversaram durante longo tempo e ela contou que morava no interior de São Paulo e que estava na Bahia passando férias. João contou que fazia administração, que logo se formaria e que podia fazer algum concurso lá pros lados de São Paulo.

Conversaram como se já se conhecessem há muito tempo, fizeram planos. E, parece que ela também se apaixonou por ele e por seu jeito solícito.

Mas, no meio da conversa, antes de trocarem quaisquer informações, a confusão aumentou, uma fumaça maior cobriu eles, tiros foram ouvidos e ela sumiu. Simplesmente sumiu. Sumiu como se nunca estivesse existido. De uma hora pra outra, toda aquela beleza estonteante, aquela graça de menina sumiu.

João procurou ela por dias, semanas e meses. Eu ajudei e muitas vezes peguei ele chorando na frente do computador. Nunca vi meu irmão assim. Não entendo como em tão poucas horas, ele se apaixonou e levou essa paixão a sério. Não sabemos se ela procurou por ele também, o que sabemos foi que ela sumiu.

Talvez isso seja muito pouco pra ele agir da forma que age, mas, o pior é sempre viver na esperança de que quando ele estiver no trânsito, no supermercado, na fila do cinema ou do teatro lá em São Paulo, vai encontrar Lu.



-Bruna

domingo, 23 de junho de 2013

Por que ler (assistir)...


                                                                                         

Life Of Pi

Faz tempo que uma história tão fantástica me faz sentir o que sinto nesse momento. E o que acabo de ver claro, não chega nem perto da dimensão do que é o livro, mas é uma história sobre: no que você acredita? Até que ponto a realidade é tão boa? Quem é Deus? Porque vivemos? Além de falar de sobrevivência. Relaxe. Não vou ficar discorrendo sobre tudo isso primeiro porque levaria três dias e sou muito preguiçoso, segundo por que meus olhos estão marejados e é horrível escrever chorando. Sim, Senhoras e senhores, estou chorando por causa de um filme (lágrimas másculas como diria Mateus). Podem rir a vontade se assim quiserem, eu mesmo estarei rindo quando reler este texto. Mas sem melodramas, estou falando da “Vida de Pi”. Já havia apreciado o livro e como disse, é infinitamente melhor que o filme. Mas assistindo tive a sensação de estar mergulhado no livro outra vez e em toda a mensagem que ele traz. Religião, determinação, nossos conflitos interiores, etc e etc... E a escolha de como enxergar o mundo que nos rodeia. Onde alguns só veem tragédia, outros veem a felicidade, outros mais, aprendizado... não é sobre nos iludir porquê o que acontece conosco é imutável, mas é o que fazemos com tudo isso. E como passamos essas histórias adiante. Bem, é isso, como falei é horrível escrever chorando. Só posso recomendar ambos, o livro e o filme. Ah, e “nunca perca a esperança”.

sábado, 22 de junho de 2013

Conhecimento

                                   



"numa guerra conhecimento é metade da vitória"
Não sei onde li ou escutei isso. Mas concordo. Mas não quero falar de guerra nem de nada parecido, mas da importância de conhecer o mundo a nossa volta. Somos cercados de pessoas que dominam diversos assuntos e muitas vezes deixamos que o que eles digam seja verdade absoluta. acredito que seja a partir disso que se formam as "massas de manipulação" ou seja, pessoas sem ideia própria que reproduzem discursos alheios.

Conhecimento creio eu, é fruto de uma busca pessoal, seja orientada ou não, se você continua sendo a mesma pessoa e não muda em nenhum sentido, tudo isso não será mais do que um vazio.

Também acredito que o conhecimento deve influenciar. Influenciar, não ditar. Não há nada pior do que alguém que tenta impor ideias como sendo verdades absolutas e todo o resto tá errado. influenciar é fazer com que as pessoas ao nosso redor além de perceberem nossa mudança também buscarão entender essa nossa mudança e assim criaremos mais pessoas que pesquisarão, que lerão e que questionarão. Falando em questionar, há uma diferença entre essa palavrinha e duvidar. Questionar é parte desse processo, questionar inclusive a nós mesmos, se estamos melhores que antes ou piores, ou os mesmos. se não houver questionamento tudo que acreditamos se tornará absoluto aê voltamos ao problema do absoluto e da falta de mudança.

Acho que o conhecimento é mutável sempre. Não há certos nem errados, mas argumentos que geram argumentos, que geram pessoas dispostas a questionar esses argumentos, que gera novos argumentos...


-Cleyton Vidal

quinta-feira, 20 de junho de 2013

20/06/2013



Dia 20 de junho de 2013. Esse dia com certeza ficará na memória de muitos feirenses e de muitos “enses”, “anos”, “xabas”... pois esse foi um dos dias – digo um dos porquê com certeza não será o único – em que esquecemos quem somos. Skatistas, pagodeiros, corintianos, evangélicos, anarquistas, garis e vários outros elementos de diferentes setores e grupos da sociedade. Mas é o dia em que nos lembramos de uma ideia. Uma única ideia, que movimentou muitas outras ideias. E essa ideia estava em um único chamado: VEM PRA RUA!! Essa ideia uniu, vou dizer de novo e com Caps Lock: UNIU grupos tão divergentes e que normalmente vemos se estranharem e se olharem estranhos simplesmente por que era um chamado para todos nós. Para nos lembrar de que somos todos brasileiros e quando a merda acontece, ela acontece para todos nós. Todos sofremos com a corrupção, com as mazelas da saúde e educação que estamos acostumados a ver.

Estamos escrevendo história agora e modificando nosso futuro. O legado de tantos grupos que lutaram pela liberdade faz-se presente na luta pela justiça. Não vamos parar agora, a luta acabou de começar, o gigante acabou de acordar e a nossa história, a história da nossa geração, começou a ser escrita, escrita com luta, orgulho, grito e união.

Claro que pra escrever essa história, não está sendo fácil, muita coisa tivemos que enfrentar tentativa de intimidação, bandeiras partidárias querendo se aproveitar do momento, mas, quando pensamos que um futuro está em jogo e que tudo depende de nós, essas coisas ficam pequenas e nós estamos lá, a serviço da mudança e da luta.

O dia foi gratificante para os tantos feirenses que estiveram nas ruas, construindo e escrevendo um futuro maior e melhor. É lindo ver que nós fazemos parte dessa construção e que nós estamos provando que somos o futuro.

Mas como nem tudo são flores, devemos dizer que o movimento nos decepcionou muito em alguns pontos. Claro, como já foi dito, que a mobilização foi excelente. Não nos lembramos de já ter visto tanta gente mobilizada assim aqui em Feira e isso foi ótimo. No entanto, devemos confessar que depois de refletir um pouco percebemos que a mobilização falhou em seu objetivo básico: para quem protestamos? A câmara estava fechada, assim como a prefeitura e a estação de transbordo.

Outra coisa foi o fato do tão falado trio elétrico, para não criar uma discussão enorme em torno disso resumiremos a uma frase: não concordamos. E para sermos sinceros nem ouvimos o que estava sendo dito mesmo, acabou que para nós não fez a mínima diferença.

No fim demos um rolê, gritamos, cantamos o hino umas duas ou três vezes e voltamos para casa, uns se sentindo satisfeitos com isso, outros pensando “o que foi isso?”.

E para evitar qualquer mal-entendido, dizemos mais uma vez: a manifestação teve sim seu valor, mobilizou o povo feirense, mostrou que tem gente disposta a lutar. Só que nas próximas vezes precisa ter mais organização, menos partidarismo e principalmente precisa que o povo tome a voz do movimento também. #ficaadica

Feira de Santana, Brasil, obrigado por me fazer sentir orgulho da minha terra.

-Blog Papel, Caneta e Dois Dedos de Refri

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Chega!


Não sou mais um sobrevivente. agora sou um lutador
Chega de pensar que meu mundo é meu controle e meu mouse
Chega desse pensamento apático de que nada vai mudar

 Não quero mais curtir e likes
Chega de pensar que mudarei o mundo com um click
Chega de assistir confortável meus iguais lutarem por mim

Não quero ser educado por um aparelho de trocentas polegadas
Chega de enxergar um mundo quadrado e unilateral
Chega de duas pessoas sentadas me dizendo o que fazer

Chega de dizer "chega!" e ficar por isso mesmo
Chega de lutas individuais
Vou me juntar a outros mais para gritarmos juntos
CHEGA!!

sábado, 15 de junho de 2013

O tempo



Tempo.

Relativo é a palavra que melhor se encaixa para essa definição, mas não estou falando da relatividade segundo Einstein ou qualquer outro físico ou teórico, estou falando da percepção de cada um em relação ao tempo. Em diversas situações o tempo pode significar tudo ou nada.

Às vezes nem percebemos o valor do tempo, nos deixamos levar por ele e quando nos damos conta muito tempo se passou sem que nada fosse construído, sem que nada mudasse. Às vezes prestamos tanta atenção ao tempo que ficamos presos, como se ele estivesse mais lento, ou mesmo parado e mais uma vez nada é feito.

Muitas vezes um minuto, um mísero minuto, vale por toda uma vida e tem o poder para gerar uma grande mudança. Em contrapartida, muitas vezes uma vida não dura nem um minuto, quem sabe menos...

Cada minuto que passa faz parte de nossas vidas, o que fazemos com esse minuto que passou define quem seremos no próximo. Algumas pessoas criam, outras pensam, outras se lamentam. Algumas pessoas e situações são lembradas, outras esquecidas. O fluxo do tempo segue apenas em frente e como já dizia Cazuza: “o tempo não para”. E não para mesmo. Por isso continuo em frente, tentando aproveitar cada minuto do meu tempo, até por que se o tempo não para, por que eu pararia?

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um dia desses, numa sala qualquer...



Aqui estou sentado em mais uma aula chata e me pego observando meus companheiros de sala.

O poeta na minha frente quebrava a cabeça criando novos versos, a menina logo atrás de mim olhava com apatia para o professor enquanto este falava sobre um romance qualquer. O cara de nerd do meu lado revezava entre cochilos rápidos e jogos de celular, as três meninas da frente não paravam de anotar tudo que o professor botava no slide enquanto a moça atrás delas esperava uma brecha para tecer comentário para demonstrar sua inteligência.

E eu aqui, sem interesse nenhum no que estava sendo dito e só curtindo minhas aventuras imaginárias no meu mundo imaginário com leves momentos de sobriedade para observar o mundo ao meu redor: o cara de nerd saiu, a apática saiu, o professor ainda falava, as meninas ainda anotavam. Aqui não há nenhuma reflexão, nem uma lição de moral. Só uma viagem mental durante uma aula chata. Ah! O poeta ainda escrevia e escrevia...

-Cleyton Vidal

Momento propaganda

oieee!!! pra quem é ou está em Feira tá rolando a Mostra de Teatro do CUCA onde vários grupos das oficinas trazem para o publico resultados de aprendizado. E hoje EUUUUUU estarei no palco com a turma de direção e encenação na peça "Acasos". é apenas 1Kg de alimento (sal não gente pelamor de Deus!!). então é isso!!! vejo-vos lá!!!!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Sinestesia



Sinto o doce sabor do seu cheiro,
O aroma de desejo em seu toque,
Sinto na pele os seus sussurros,
Ouço as vozes do seu olhar.

Todos os sentidos são um,
Assim como nós:
Um cheiro, um toque, uma voz,
Um olhar, um sabor, um sentir.

-Mateus Soares

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Especial Dia dos Namorados/ E com vocês

Ao meu eterno Amor

Você tem, para mim,
a mesma importância que o mar tem para os peixes.
A mesma importância
que o tem o mar para os pássaros.
A mesma importância
que tem a lua para os apaixonados.
Você tem, para mim,
o cheiro de vida dos mais verdes campos.
Você tem, para mim,
o doce sabor dos frutos do Éden.
Você tem, para mim,
o brilho da estrelas no olhar
E mesmo quando o outono do tempo chegar
e as folhas da juventude vierem ao chão,
repetirei para ti estes versos
com a mesma paixão
pois, você tem, para mim
tudo o que eu sempre sonhei.

-Verônica Santos

Maria e Antônio*

Maria não lembrava de ter sido tão feliz como naquela época. Maria conheceu Antônio. Antônio passou um bom tempo sendo sua alegria. Eles faziam muita coisa juntos, conversavam, iam ao cinema, eram amigos, companheiros e se davam muito bem. Maria tinha certeza que aquilo não daria certo. Antônio achava que ela era boa demais pra ganhar o seu amor. A felicidade estava sempre por perto. Eles eram felizes juntos. Juntos, não separados como vivem.

Maria mostrava um lado insuportável, era insensível aos carinhos dele e não sabia como demonstrar que de algum modo, bem no fundo do seu coração, sentia alguma coisa por ele. Antônio se esforçava, demonstrava, no entanto cobrava. Nada é livre se há cobrança.

Um dia Antônio se cansou daquilo e pôs fim. Pôs fim sem dar explicação. E Maria sofreu. Sofreu muito. Ela ainda acreditava que pudesse haver felicidade, que a felicidade seria ele, mas... tudo acabou. Desde aquele dia, Maria nunca mais conseguiu gostar de alguém com tanta pureza. E Antônio... Antônio vive. Vive com a certeza de que deixou seu amor escapar por ter achado, inutilmente, que Maria era melhor.


-Bruna


*Especial dia dos namorados.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

A chuva



Gotas
Translucidas
Que precipitam
E escorrem
Dos olhos
Do firmamento
Como lágrimas
Que lavam
A face
Da terra

-Mateus Soares

Ciclo da chuva


oieee!!! fiz essa poesia mucho loca mas por algum motivo não to conseguindo postar aqui mas tirei o velho print e tá aqui.. espero que gostem! :D





sábado, 8 de junho de 2013

Um pouquinho de devaneio... tema de hoje: Deus




Eu acho que Deus não existe. Acho mesmo. Eu sei que eu existo! Eu me vejo, eu me toco, eu me sinto. Estou preso na minha existência. E antes que você faça a analogia do vento já te digo, se você pegar uma garrafa e fechar a tampa você vai perceber que há algo naquela garrafa fazendo pressão. É o ar. Considerando que o vento é o ar em movimento podemos dizer que prendemos o vento. Mas voltemos a primeira frase: Deus não existe. Eu existo, o vento existe, mas Deus não. Nós estamos presos dentro de nossas formas dentro dos limites da existência, estamos presos na nossa imperfeição e somos limitados por isso. Deus não. Ele não precisa existir nem se fazer provar pra ninguém ele está no seu coração, no meu também, ele está no nosso respirar, num sorriso de criança, numa musica muito bem executada, numa expressão de felicidade, em um reencontro, em cada pessoa que já teve a vida salva por um milagre. Deus é onipresente, se ele existisse, como ele seria onipresente? Mas eu sinto Deus. Ele fala comigo ele me faz confortável quando o problema aperta a mente, ele me inspira a levantar e encarar mais um dia. Enfim, acho que Deus não existe. Deus é Deus.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Passageiro



Carros,
Prédios,
Pessoas.

Faces,
Marcas,
Histórias,
Vidas.

Eu os observo da minha janela quando nos cruzamos e vejo pequenos fragmentos de suas existências - tão singulares e tão sublimes - sob a branda luz de um fim de tarde.

-Mateus Soares

quinta-feira, 6 de junho de 2013

E com vocês

No Imaginário

Te vejo ao longe... linda!
Ao vento teu cabelo esvoaçava
Com teu vestido bailava...
Mostrando suas formas...
Meu coração palpitava
Borboletas nos estômago
Voavam...
Quando tuas mãos as minhas
Tocavam...
Teus olhos minha boca
Mirava...
E minha boca a tua tocava
Meu corpo no teu entrelaçava
Não só o corpo, mas a alma...
Os desejos afloravam...
Na cama nossos corpos saciavam
O desejo que nossos corpos tinham
Enfim... tornou-se minha
Amada eterna...
Sonhos impossíveis...
Um dia te encontrarei.

-Leila Estrela

quarta-feira, 5 de junho de 2013

minha história começou aqui, com uma poesia nerd...

... e não consegui mais parar!! E nem quero!! ainda estou aprendendo mas já amo essa arte que é escrever. estou me aventurando por algumas estruturas na busca de encontrar uma identidade própria. mas a inspiração eu já tenho: a vida. Tudo que eu vivo, meu mundo, as pessoas que estão ao meu redor são minha fonte de pesquisa e inspiração para esses versos, histórias e reflexões que brotam da minha cachola!!! mas chega de papo!! ta aqui!! minha primeira poesia e ao mesmo a primeira poesia nerd!!





no meu mundo bacon não faz mal, coca cola é legal e o rock não é do mal,
no meu mundo os amigos estão perto, quem é nerd ta certo e quem pensa bobagem ta sempre quieto,
no meu mundo os carros não são barulhentos, a saúde é cem por cento e o salário é acima de mil e duzentos.
O meu mundo é fantasia, mas que louco seria se tudo fosse como eu queria...

-Cleyton Vidal

terça-feira, 4 de junho de 2013

Joana...

Joana era apaixonada por José. Joana tinha uma estranha devoção por aquele homem lindo. Não era só Joana, era ela e a torcida do flamengo. José a amava. Amava mesmo. Só tinha olhos pra ela. Não só pra ela, mas pra ela e pra torcida do Bahia (que é bem maior que a do flamengo).
Ué, mas ninguém vai entender como eles se amavam tanto e se davam tão mal. Passavam dias, semanas e até meses (que eu me lembro) sem ele aparecer pelas bandas de cá (parece até que já tinha outra família), e quando se viam, no estopim daquela paixão... brigavam feio e ele ia embora, sumia no mundo e aquilo foi tornando-se um ritual. Um cansativo ritual, diga-se de passagem.
A cidade era pequena, sabe como é cidade pequena, todo mundo fala de todo mundo, e as fofoqueiras beatas não tinham outra coisa a se falar, só falavam de Joana e José
Ela era uma moça tímida, recatada, recatada pra quem não a conhecia a fundo, eu sei bem como ela era, conhecia ela como ninguém e sabia que de recatada, nada tinha Joana, mas... quem sou eu pra falar?
José! ah, José! José tinha um sorriso lindo, cabelo bem cortado, um cheiro impecável, a barba mal feita, as mãos macias, umas pernas de causar inveja, uma boca carnuda e vermelha. Ah, José!
Eu era pequena na época e irmã de Joana, por isso sabia que ela não era recatada, via sempre as idas e vindas deles, lembro o desespero que minha mãe ficava ao ver como a notícia da filha "santa", se espalhava pela cidade. Era um Deus nos acuda!
Lembro bem como se sucedeu a 'tragédia'. Ah, não disse a vocês ainda, mas teve uma grande 'tragédia'. Foi um corre-corre, um desespero. A família ficaria mal falada por todos os cantos do Nordeste. Era um horror! Uma desgraceira sem fim. Eu já era uma mocinha. Linda mocinha.
"Ai meu Deus, a irmã mais nova de Joana fugira com José", era assim que a notícia se espalhava. "Ai que Joana vai se matar".
Naquele dia, lembro que José apareceu em nossa casa, tava muito estranho, sonso como sempre. E lindo, lindamente lindo. Vi que Joana e ele estavam de namorico na varanda, quando de repente, José procurou uma briga qualquer, sonso que era e já tramada a fuga, queria motivo pra brigar. Acho que brigaram porque ele dizia que a parede era branca e ela dizia que era azul. Era azul. Que José sonso!
Depois dessa briga armada, José foi embora Joana entrou aos prantos. Sempre entrava assim. Ninguém mais estranhava e o "zum zum zum" na cidade acontecia. "Coitada de Joana", as beatas diziam. "Coitada de Joana", a irmã mais nova dizia.
Devo dizer a vocês, que não sei como Joana ficou. Só sei que eu fiquei foi muito bem. Fui embora com José. Fugida. Não sei dizer quando nos apaixonamos. Só sei dizer que arrumei minhas coisas na noite anterior à vinda dele aqui e fui. Fui ser feliz. Deixei todo mundo pra trás. Deixei Joana pra trás. Deixei o escândalo pra trás e fui.
Hoje digo, vivo no interior do Ceará, tenho 3 filhos. Lindos! Sou feliz com meu José. Ele trabalha pra colocar comida em casa, e eu... ah, eu vivo, vivo feliz.
De Joana? nunca mais tive notícia, nem quero ter. Ele também não. Não tem mais torcida do Bahia. Não tem mais Joana.
José me ama. E eu, a irmã mais nova, o amo.

-Bruna.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Encaixe



Encaixe entre
Dois corpos, duas almas
imperfeitas, sinceras
em
     um
          coração.

O toque sutil
Da pele na pele,
O aperto,
A
per
     fei
          ção.

-Mateus Soares

sábado, 1 de junho de 2013

Por que ler

A Batalha do Apocalipse - Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo


Um anjo renegado, expulso do céu juntamente a seus companheiros. Uma feiticeira bela e extremamente habilidosa. Um arcanjo vil e cruel que deseja apenas a destruição da humanidade. Uma receita clássica para um ótimo livro estrangeiro, não é? ERRADO! A Batalha do Apocalipse é um livro totalmente nacional. Escrito por Eduardo Spohr, é um dos Best Sellers mais vendidos do Brasil.

O livro narra a história de Ablon, um querubim (raça de anjos guerreiros) que foi banido do céu após discordar dos planos de Miguel e  ser traído por Lúcifer, ficando fadado a vagar sem rumo pela Haled (Terra) até o dia do juízo final. Somente isso já seria suficiente para aguçar o paladar dos leitores, mas o livro é muito mais que isso! Ele te leva através da história: da primeira cidade humana Enoque, passando pela famosa Torre de Babel (onde ele conhece Shamira - A feiticeira de En Dor) até os dias contemporâneos, da Europa Medieval á Asia, do Plano Terreno ao Plano Etéreo, fazendo uma viagem através do tempo e espaço. Sem falar o sincretismo cultural/religioso riquíssimo que permeia toda a história. Há elementos de inúmeras  religiões reunidos de forma tão harmoniosa que  fará qualquer leitor se questionar sobre em que realmente acredita.

Sabe aquela sensação de assistir um filme enquanto você lê um livro? Não? Pois com A Batalha do Apocalipse você descobrirá! A cada página, a cada capítulo você pode ver claramente as paisagens e os personagens. As cenas épicas de grandes batalhas e as expressões nos momentos mais tensos. Somente uma excelente obra pode causar tamanha imersão!

Uma leitura que realmente vale muito a pena e que com certeza enriquecerá aqueles que se dispuserem a lê-lo!