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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ukufa Parte 1.


Fábio se assustou com o clarão. De repente o escuro. De repente tudo normal. A cabeça latejava um pouco mas não era de dor. Só latejava. Resolveu seguir seu caminho só que ele não lembrava pra onde ia e nem de onde vinha. Na dúvida a volta pra casa era a melhor opção. Até lembrar onde mora foram uns cinco minutos, até porquê o barulho de um grupo de pessoas não o deixava raciocinar. O que eles falavam não era importante, ir pra casa era importante e se afastar das pessoas também. Na verdade havia uma estranha vontade de se afastar de tudo e de todos. Não importa o lugar desde que não houvesse barulho de carros buzinando ou pessoas conversando as bobagens de sempre. Pensando bem, ir pra casa não era tão importante assim. Uma nova casa. Isso era importante agora, queria uma casa longe e solitária, um lugar só seu, com um violão e um rio. E macieras. Fábio nunca viu uma maciera na vida e tinha muita curiosidade de conhecer então decidiu que na sua casa nova haverá uma maciera e era tudo que importava agora. Nem reatar com Luana era tão importante. Nem lembrava o que os separou e nem queria saber. Talvez nem ia procurá-la mais. Enquanto pensava, Fábio andava e logo estava em casa. A sua velha casa bagunçada e cheia de lixo que ele agora fazia planos para livrar-se. Estranhou a porta aberta mas logo estava amaldiçoando a si mesmo por esquecer a porta aberta de novo. Assim que entrou se assustou com um garoto em pé e sorridente olhando pra ele
-Oi Fábio desculpa o atraso- disse.  

terça-feira, 27 de maio de 2014

1 ANO!!!


Uma vontade danada de escrever e não sei porquê. Sem idéias abro o blog e quando vejo a quantidade de postagens me pergunto: "quanto tempo será que temos?" Na busca da resposta vejo a  data da primeira postagem: 27/05/13. Quase pulo da cadeira e depois de anunciar isso pro meus companheiros vejo quão rápido um ano pode passar. Ainda ontem eu, Bruna e Mateus discutíamos sobre criar um blog com a nossa nova paixão: escrever. E desde então foram vários contos com e sem caramelo, haikais que nos fizeram viajar com tão poucos versos, reflexões que viravam nossos conceitos de ponta cabeça vários dias sem escrever, colaborações mais que significativas dos nossos amigos... e um crescimento crítico que nunca parou. Sempre melhorando, sempre nos reconstruindo. E vocês acompanhando tudo isso. Cada produção era um pedaço nosso que colocávamos aqui. Algumas produções saindo em plena madrugada, outros no calor do dia, além dos produtos dos saraus que participamos por aí. Fora do blog rimos, choramos, brigamos, tocamos a vida pessoal pra frente... vivemos. Pensar que foi um ano e muita coisa aconteceu faz pensar em quantas coisas ainda podemos fazer e no quanto ainda podemos crescer. Mas só pensar mesmo, porquê mediar isso é impossível. Da mesma forma que era impossível saber como estaríamos agora. Só sabíamos que queríamos construir algo e agora sei que conseguimos isso ao olhar cada texto produzido com um cuidado cada vez maior e com uma crescente vontade de se superar, personagens construídos com amor, histórias que davam um trabalho danado pra arrumar e a vontade de saber a reação das pessoas ao ler nossas produções mesmo sabendo que não agradaríamos a todos (aliás que graça teria agradar a todos?).  É um misto de sentimentos aqui agora: SATISFAÇÃO por ter crescido tanto ao lado dessas duas mentes pensantes que além de incentivar cresceram junto comigo e cada vez que eu lia um texto deles era uma ansiedade pré e um prazer pós leitura. ALEGRIA  por ver que em 1 ano tivemos 4000 visualizações o que pra alguns é pouco pra nós é muito já que não criamos por fama ou grana mas por vontade de fazer o que gosta. cada visualização/ comentário aqui ou no facebook é um presente. FÉ nesse trio e nesse blog que ajudei a construir. Fé que através do que escrevemos faremos a diferença não no mundo porque o mundo é grande demais, mas em cada leitor de cada texto produzido. Fé que cada cérebro que decodifique o texto vire de cabeça pra baixo e sacuda de forma a tornar uma bela bagunça organizada. 
Bom, agora só tenho a agradecer a Deus por sacudir o meu juízo sempre me dando ideias e formas de colocar um pouco de mim aqui, a todos que acompanharam esse nosso primeiro ano, aos amigos que sempre incentivam, a todos que de vez em quando perguntam: "vai escrever mais não?" aqueles que mesmo sem dizer nada estão com a gente, aqueles que dão aquele toque onde tropeçamos, aqueles que escolheram esse espaço pra divulgar seu trabalho e nos permitiram apreciá-los e por último vou rasgar seda de novo aos meu queridos companheiros que compraram comigo esse negoço de fazer blog com refri no título que rende frutos dentro e fora do mundo virtual. 
Enfim, é isso aê. vida longa ao Papel, Caneta e Dois Dedos de Refri!!!  
-Cleyton Vidal

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Diário de Bordo capítulo extra: A Loja


Era uma loja qualquer no meio de um monte de lojas de qualquer cidade turística. Mas havia algo de diferente nela. o time dogão Eu, Mateus e Oto sim esse é o nome dele e eu não faço ideia se escreve assim mesmo resolvemos entrar e dar uma olhada naquela loja que ninguém entrava. Como quem explora uma caverna ou algo do tipo, íamos em passos lentos e cuidadosos enquanto os olhos iam se acostumando com o ambiente. Logo identificamos o lugar: era uma loja especializada em cultura oriental. Nos deparamos com dragões, sapos, aves e outros bichos esculpidos em madeira que dava vontade de pegar e sair correndo de lindos que eram que não pareciam bichos, havia algo a mais. Eu me perguntava se era só impressão minha ou se meus amigos estavam com a mesma sensação. Bastava olhar as expressões deles pra perceber que estávamos na mesma vibe. Logo percebemos que uma das vendedoras nos acompanhava com um suave e muito baixo "boa noite" e oferecendo a característica dos vendedores. Mas até nela percebi que havia algo incomum à maioria dos vendedores, mas continuei andando e não estávamos mais andando numa loja, era um outro mundo. Não lembrava de onde vinha nem porque entramos ali. O lugar turístico com um monte de gente andando pra lá e pra cá ficou perdido em algum lugar no universo. O fato agora é que a cada figura vista (onde tinham os nomes e o que representavam) era objeto de reflexão e viagem mental. A loja ia esticando e esticando fazendo com que o fim se distanciasse à medida que andávamos. Mas a pressa não existia, muito pelo contrário, eu queria era que esticasse mesmo, queria continuar ali andando e olhando, e lendo... Pra minha tristeza ou não, chegamos ao fim e belos quadros e cascatas esperavam para ser registrados pelos nossos sempre atentos olhos. Entre tantas coisas maravilhosas eu vi um belo e majestoso bonsai se não sabe o que é procura no google que ia até o teto. Boquiaberto devo ter ficado uns 5 minutos segundos olhando até que percebi que a vendedora estava lá me observando então só pra disfarçar a vergonha perguntei quanto tempo aproximadamente tinha o bonsai. Ela gentilmente riu e disse que não sabia quanto tempo mas que com certeza eram mais de 15 anos. Pelo que sei, bonsais precisam ser muito bem cuidados e 15 anos é realmente muito tempo. Não me contive e tive que parabenizá-la pelo cuidado não só com o bonsai, mas com a loja inteira que não era uma simples loja, era algo mais, muito mais distante e muito mais significativo. Concordei com Oto quando ele disse que queria ser rico pra levar boa parte da loja e a vendedora mexeu com minhas ideias com uma unica frase: "Quem disse que precisa ser rico pra levar alguma coisa?" de cara eu não entendi e respondi que hoje em dia tem que ser mesmo e ela só repetiu: "quem disse que precisa ser rico para levar alguma coisa?" foi aí que a minha ficha caiu e percebi que sem um tostão no bolso o que estava levando pra casa ia além do material, eram os valores e as experiencias vividas. O que vimos, ouvimos e sentimos supera qualquer foto e qualquer camisa comprada com o nome do lugar. E se pensarmos que vivemos em um mundo onde queremos pegar em tudo, levar tudo, comprar tudo, descartar e recolocar tudo, sair de uma loja em pleno lugar turístico com os valores renovados era algo indescritível. Meu desejo é que essa loja nunca feche as portas, que aquele bonsai continue a crescer e deixe muitas pessoas com cara de besta e que a vendedora repita a pergunta pra muita gente.
"Quem disse que precisa ser rico pra levar alguma coisa?"

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Diário de Bordo- parte 2 de 2









VIAGEM: Transportar-se, ir a um outro lugar, percorrer determinada distância objetivando chegar; desligar-se de tudo, refletir, ficar intencionalmente inconsciente


Estamos no terceiro dia e cochilando loucamente no busu lutando para manter os olhos abertos. Estávamos em sentimento misto de cansaço e entusiasmo. Eu estava mais pro segundo pois estava próximo de realizar uma vontade antiga: conhecer uma aldeia indígena. A reserva da jaqueira foi o nosso destino e logo estávamos todos passando vergonha praticando um pouco do que aprendemos de saudações em patxôhã. A trilha muito tranquila dava a ideia de como devia ser o Terra de Santa Cruz "pré-descobrimento". Era muito bom sentir o ar puro e não ouvir buzina de carro ou gente zoando na mente. Não havia chegado na aldeia propriamente dita mas já sentia a energia diferente que residia ali. Quando menos esperamos, já estávamos no lugar onde os visitantes são recebidos. O que veio a seguir foi um dos relatos mais tristes que já ouvi. Imagine você na sua casa e alguém chega e diz que o seu sofá não é mais seu, que sua sala não é mais sua e você tem que sair da sua casa para não morrer dentro dela. Agora adicione armas, sangue e uns 500 e tantos anos. Assim foi o relato da índia que nos deu a palestra. "Não sejam escravos. Estudem", disse o pai dela que morreu de pauladas Cortava o coração ver que uma cultura tão bela e harmônica praticamente se perdeu em nome do lucro e do poder. Para o índio, não existe consumismo, não existe ganância nem essa coisa de ter mais do que o outro. O que eles usam é para o momento necessário, nem mais, nem menos. Se estão caçando e encontram um casal, o macho é abatido porquê a fêmea pode estar prenha e assim matam várias vidas desnecessariamente. Ficou na minha cabeça a pergunta: de onde vem esse valor que temos de acumular para sobreviver? de destruir para construir? de onde vem essa cultura da inveja e da ostentação? o funk já existia em 1500? Mais triste ainda eu fiquei em perceber que eu faço parte desse sistema que destrói essa cultura. não que eu já tenha batido ou ameaçado um índio até porquê sou frouxo que só, mas o meu comodismo de nunca ter pesquisado ou lido sobre eles me fizeram indiferente e insensível. Quando abriram para perguntas não consegui esboçar nada devido aquele nó na garganta que aparece nesses momentos. Quando estávamos indo pra segunda parte da trilha, pedi uma oportunidade para fazer uma foto e tudo que consegui dizer foi: "a sua história precisa ser contada". Ela recebeu a minha fala com um aweri (obrigado) singelo e forte. E aqui estou eu implorando pra todos que leem esse texto repassem de alguma forma adiante pois essa é uma das formas que encontrei de cumprir a minha promessa de contar essa triste e forte história que se não for modificada entrará em extinção. Restabelecido, entrei na trilha para aprender um pouco mais junto com os colegas e mais uma surra de harmonia com a natureza e criatividade sem destruição exacerbada, com um pouco mais de leveza dessa vez. O nosso guia sempre bem humorado e piadista nos explicava tudo com muita tranquilidade enquanto mostrava as armadilhas que eles utilizavam quando caçavam. Como não poderia deixar de ser, um pouco de arco e flecha e pintura corporal. Ver o ritual de agradecimento foi maravilhoso, mas participar desse mesmo ritual foi épico, a energia compartilhada foi realmente fantástico só não entendia nada da letra mas esperava o que? tecla sap? O momento de bate papo e zoera intercultural fechou com chave de ouro a realização desse sonho. Deixei lá a minha alegria de estar lá e levei entre outras promessas a de voltar lá e comer peixe conhecê-los mais. 
Depois do almoço era hora de matar uma saudade e conhecer mais um ponto famoso em qualquer cidade litorânea: a praia. Depois desses dias intensos foi mais que necessário sentir o mar, mesmo que um pouco agitado. Deu pra sentar um pouco, rir um pouco e andar estupidamente muito com meu irmãozinho Mateus. A praia era enorme mas aceitamos o desafio de andar pra ver se chegaríamos no ponto escolhido. Papeamos sobre a viagem em si, impressões gerais e pessoais, fizemos algumas fotos para a posteridade enquanto o sistema não me obriga a cortar o cabelo. Chegamos no ponto escolhido mentira!!! e ao voltar percebíamos o quanto a viagem havia nos modificados em todos os sentidos. Percebi que ali a minha viagem havia cumprido a sua função e que estava retornando pra casa transformado. Restava pra gente agora registrar o belo por-do-sol que era o ultimo presente que Porto Seguro nos dava antes de irmos. À noite, o ultimo passeio, mais cachorro- quente com a equipe dogão agora com mais membros e um belo forró na praça onde risy tava mais elétrica do que pilha alcalina nos divertimos muito e celebramos mais uma viagem e mais uma oportunidade de nos conhecermos mais. Voltamos para o hotel e organizamos com calma as regras do Uno o que deixou Risy mais tranquila para nooossa alegria
Não há o que falar muito do trajeto de volta fora o fato de eu comer mais de 1kg no almoço e descobrir que a galera de matemática tinham amigos e parentes em Porto Seguro. Todos muito cansados dormindo a viagem inteira e vendo filme e desenho em alguns momentos. Ao chegar em  Feira havia aquela sensação que tudo na cidade havia mudado, que estava  em uma outra cidade. Na verdade era o inverso. Outro Cleyton que havia chegado, eu estava muito diferente.

Mas meu aprendizado estava apenas começando...      

Por Cleyton Vidal  





segunda-feira, 5 de maio de 2014

Diário de Bordo- Parte 1 de 2





VIAGEM: 1. Caminho que se percorre para chegar a outro lugar afastado; 2. Navegação; 3. Percurso extenso; 4. Relação escritas dos acontecimentos ocorridos num passeio, numa jornada etc; V. de descoberta: navegação que tem por fim achar terras que eram desconhecidas. V. de longo curso: Longa navegação 

Sou um entusiasta quando o assunto é viajar. Me deslocar pra um lugar diferente do que estou acostumado é algo que sempre me faz bem, mesmo que esse deslocamento não seja necessariamente físico. Porém essa última teve um efeito um pouco mais do que esperado e a minha esperança aqui é conseguir traduzir em palavras o que se passa na minha mente e convencer o maior número de pessoas possível a experimentar o mesmo sentimento. 
O lugar é Porto Seguro. Cidade que vive de turismo e berço do Brasil. Fui lá em viagem de campo com a UEFS e realizar um sonho: conhecer uma aldeia indígena. E minha viagem já começou antes de chegar ao destino. Ela começou quando conheci pessoas de outros cursos e numa brincadeira percebemos que cada curso na verdade serve para nada menos do que complementar o outro, são apenas partes de um saber universal. Estereótipos quebrados, e a intimidade e a bagunça já estava estabelecido. 13 horas de viagem e muito o que conversar, filmes para ver e musicas para cantar. Chegamos à noite e a primeira necessidade depois de banho e banheiro e saber onde iriamos dormir  batia à nossa porta, então logo estávamos nós em busca do alimento barato afinal somos estudantes. Era uma viagem dentro da viagem. Depois de muito rodar e tomarmos as tradicionais facadas no quesito preço  nós nos dividimos. alguns foram pra pizzaria, outros para os sanduíches. Eu e o time dogão, Mateus e Oto comemos no lugar que seria nosso point de alimentação nas próximas noites: o carinha do cachorro-quente com purê. Sim, Cachorro quente com purê. Não imaginávamos como poderia ficar tão bom, mas o nosso aprendizado estava apenas começando...
No outro dia nossa primeira visita começou com uma escola indígena que mexeu muito comigo. Sempre digo que as crianças tem um jeito muito sincero de se expressar. Se ela não sente ela não mostra e pronto. Mas ainda assim foi singular o momento que vivemos lá. Passamos de estudantes a forasteiros, éramos os forasteiros, os diferentes, mas não fomos tratados com rudeza ou estranheza, todos nos receberam divinamente bem eu sendo chamado de "patati" e "bob marley", uma menina do grupo já atendia pelo nome de "MC Pocahontas". Alguns insistindo, e muito para entrarmos nas salas e participarmos das aulas, não assistindo com eles mas ministrando algo, seja um assunto ou uma leve dinâmica. Os olhos vivos e firmes para nós com vontade de aprender sendo que na verdade eles estavam dando uma bela lição em nós. Uma sala de crianças me chamou muito a atenção. Eles queriam mostrar um pouco da sua musica e a canção que eles prepararam para o Dia Das Mães. Todas as músicas foram cantadas não só com a voz, mas com o coração. Sempre dizemos para fazer com amor mas sempre pensamos em emprego, serviço, coisas assim. Mas aquelas crianças com poucas canções nos mostraram o que é amor de verdade e o que é a troca de cultura. Uma turminha muito quieta e sempre atenta a tudo que a professora falava, mas volta e meia lá estava eu envergonhado com um daqueles olhos ao mesmo tempo vivos, fortes e ingênuos direcionados pra mim e só conseguia responder com um sorriso. A noção de harmonia é muito forte e pudemos identificar isso quando a professora pediu que todos devolvessem o que pegaram emprestados e quando já estávamos para sair, uma menina ficou agitada para devolver um lápis que ela tinha esquecido em sua bolsa. Todos ficaram muito tristes porquê não voltaríamos lá, pois tínhamos outras visitas a cumprir. Eles queria nos conhecer, queriam aprender conosco queriam estar conosco, uma senhora lição para um grupo acostumado a rejeitar e zombar do diferente. Mas o nosso aprendizado só estava começando... 
À tarde fomos visitar o marco da 1° missa realizada no Brasil após do "descobrimento" e tive minha primeira decepção. Achava eu que, por ser o ponto onde o Brasil começou haveria uma atenção dada ao lugar. Achei que, não ia ter espaço nem pra respirar de tanta gente que estaria lá. Algo tipo Cristo Redentor ou Torre Einfel. Como diria nosso atual poeta das redes sociais: "Sabe de nada inocente!" (Washington, cumpadre). Se muito, tinha umas 5 pessoas lá fazendo fotos. Foi triste ver que o mercado sobrepôs a História de forma que um lugar tão importante foi relegado a um simples lugar. Tenho medo de voltar lá e não encontrar mais nada que não seja negociável. apesar de estar sempre sorrindo e fazendo fotos não consegui ignorar esse fato. Pior foi um pouco mais à frente quando em meio a tanta beleza das esculturas e estátuas, vimos um lugar enorme simplesmente TOMADO por lixo e esgoto a céu aberto. Os comerciantes pedindo para fazer foto e pedindo para que essa cheguem ao prefeito local que se eu não me engano se chama Jorge Pontes. se alguém o conhecer por favor passe o recado. Eu e os Comerciantes de Santa Cruz Cabrália agradecemos. Conhecemos também um vilarejos onde ficamos sabemos um pouco sobre o modo de vida da galera na época da colonização. Solares, um farol e belas igrejas para ver e fazer foto à vontade. vimos um cara fazer bruxaria mágica com a madeira do Pau-Brasil. Não vou contar mas a foto dele taí. algumas coisas precisam ser vistas, não contadas.À noite lá estávamos eu e o time dogão mateus e Risy substituindo Oto que estava doente comendo cachorro quente e batendo perna pela orla de Porto Seguro. Marionetes, um cara fazendo pintura corporal, outro retratando um casal à lápis e vários artistas de rua mostrando sua arte pra ganhar aquele velho trocado e viver mais um dia. Cansados fomos jogar Uno e rir da revolta de Risy com as regras que ela não conhecia. Às 2 da manhã eu já estava dormindo mal sabendo eu que o nosso aprendizado estava apenas começando...


CONTINUA...