Inquieta por natureza,
Afasta de mim a certeza
De ser realmente feliz.
E o meu coração se recolhe
Buscando um refúgio seguro,
Em dúvida sobre o futuro,
Sentindo-se um mero aprendiz.
Se esconde bem lá no passado,
No meu baú de esperanças,
Usando as minhas lembranças,
Tentando curar seus temores.
Pobre coração, se engana...
Pobre coração, se engana...
Não sabe que a tal incerteza
Ilude e transforma em beleza
Até o pior dos amores.
Um amor que quando lembrado,
Um amor que quando lembrado,
Reabre uma antiga ferida,
Herança de uma outra vida
À qual não mais pertencemos.
Acalma-te alma cigana.
Acalma-te alma cigana.
Por que o meu passado profanas?
Bem sabes que já não me enganas.
O tempo e eu nos entendemos.
-Patrícia L. de Souza
-Patrícia L. de Souza
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